De Open Banking a Open Finance: o futuro da personalização bancária no Brasil

Nos últimos anos, o setor bancário no Brasil passou por mudanças estruturais impulsionadas por tecnologia, regulação e novos hábitos de consumo. A transformação do setor financeiro brasileiro já começou Nos últimos anos, o setor bancário no Brasil passou por mudanças estruturais impulsionadas por tecnologia, regulação e novos hábitos de consumo. A transição do Open Banking […]

Data: 13/05/2025

Nos últimos anos, o setor bancário no Brasil passou por mudanças estruturais impulsionadas por tecnologia, regulação e novos hábitos de consumo.

A transformação do setor financeiro brasileiro já começou

Nos últimos anos, o setor bancário no Brasil passou por mudanças estruturais impulsionadas por tecnologia, regulação e novos hábitos de consumo. A transição do Open Banking para o Open Finance representa um marco fundamental nesse processo, abrindo portas para um sistema mais integrado, transparente e personalizado.

Com foco em investidores, empresários e tomadores de decisão, este conteúdo explora como o Open Finance impacta o mercado financeiro, os desafios e as oportunidades para instituições bancárias — e como a personalização dos serviços financeiros está se tornando uma vantagem competitiva no mercado de alta renda e private banking.

O que é Open Finance e por que vai além do Open Banking?

Enquanto o Open Banking foi o ponto de partida para a abertura dos dados bancários, o Open Finance amplia esse conceito ao integrar uma gama maior de informações financeiras: seguros, previdência, câmbio, investimentos e até mesmo dados de fintechs.

Ou seja, não se trata apenas de compartilhar informações entre bancos, mas de criar um ecossistema financeiro conectado, em que o cliente tem total autonomia para decidir o que compartilhar, com quem e por qual finalidade.

Segundo o Banco Central, mais de 17 milhões de consentimentos para compartilhamento de dados foram registrados até o fim de 2024 — e a expectativa é que esse número cresça exponencialmente com a consolidação do Open Finance em 2025.

Os principais benefícios do Open Finance

1. Personalização de serviços financeiros

Com acesso a uma base mais ampla de dados — incluindo perfil de consumo, portfólio de investimentos, metas de longo prazo e hábitos financeiros — as instituições conseguem oferecer soluções personalizadas, como:

● Linhas de crédito com taxas ajustadas ao risco real do cliente

● Planos de previdência alinhados à projeção de renda futura

● Portfólios de investimento baseados em perfil comportamental e histórico bancário

Esse é um salto importante no relacionamento entre instituições e clientes de alta renda, que já demandam soluções sofisticadas e consultorias especializadas.

2. Aumento da transparência e competitividade

A obrigatoriedade de compartilhamento de dados entre instituições autorizadas pelo cliente estimula a concorrência saudável, forçando os players a oferecer produtos com melhor custo-benefício e maior eficiência.

Isso significa melhores condições de crédito e acesso a novos modelos de financiamento, com menos burocracia e mais agilidade.

Inteligência artificial e análise de dados: os novos pilares do setor

A integração entre Open Finance e tecnologias como inteligência artificial, machine learning e big data inaugura uma nova era para o sistema bancário. As instituições passam a operar de forma preditiva e proativa, com base em análises profundas de comportamento e contexto.

Exemplos práticos de IA nos serviços bancários:

● Modelos preditivos de inadimplência permitem ofertas de crédito mais precisas

● Robôs de investimento ajustam alocações automaticamente conforme o perfil e os objetivos do cliente

● Alertas financeiros inteligentes orientam empresários sobre fluxos de caixa, oportunidades de câmbio e planejamento tributário

Em suma, a tecnologia deixa de ser um diferencial e se torna base operacional para bancos digitais e tradicionais.

Oportunidades para bancos digitais e instituições tradicionais

O cenário de Open Finance oferece condições únicas para inovação, mas também exige uma reformulação profunda de processos e cultura organizacional. Cada modelo de instituição enxerga oportunidades diferentes:

Oportunidades para Bancos digitais:

● Ganham agilidade para criar produtos personalizados em escala

● Têm mais facilidade para integrar soluções tecnológicas nativamente

● Podem explorar nichos específicos com propostas de valor únicas

Vantagens para os Bancos tradicionais:

● Contam com base de clientes consolidada e acesso a dados valiosos

● Precisam acelerar a transformação digital interna

● Podem se reposicionar como hubs financeiros completos e estratégicos

Desafios que ainda precisam ser superados

Apesar do potencial, a implementação do Open Finance ainda enfrenta barreiras importantes:

● Educação financeira e digital: muitos usuários ainda não entendem o valor do compartilhamento de dados

● Segurança cibernética: o aumento no tráfego de dados exige infraestrutura robusta e atualizações constantes

● Interoperabilidade de sistemas: integração entre instituições e plataformas precisa ser fluida e padronizada

● Regulação em constante evolução: o ambiente regulatório demanda adaptação rápida e compliance eficaz

Empresas que dominarem esses pontos sairão na frente — especialmente aquelas que atuam no segmento de private banking, wealth management e corporate.

Como o Open Finance muda o jogo para empresários e investidores

Para quem lida com grandes volumes financeiros, ter controle, previsibilidade e acesso rápido a informações é essencial. O Open Finance viabiliza:

● Gestão consolidada de ativos em uma única interface

● Integração entre contas pessoais, empresariais e carteiras de investimento

● Contratação de produtos bancários de forma descentralizada e comparativa

● Consultorias automatizadas com base em dados reais, não apenas projeções genéricas

Isso muda completamente a experiência do usuário: o banco deixa de ser um canal passivo e se transforma em um parceiro estratégico de negócios e patrimônio.

O futuro da personalização bancária no Brasil

A personalização, impulsionada pelo Open Finance, deixa de ser um diferencial e passa a ser expectativa básica dos clientes de alta renda. Quem deseja manter-se relevante no mercado precisa:

● Oferecer experiências financeiras personalizadas, seguras e integradas

● Trabalhar com ecossistemas abertos e interoperáveis

● Atuar com transparência e governança de dados

● Desenvolver times híbridos que unam conhecimento financeiro e expertise tecnológica

Empresas que investirem desde já em estruturação de dados, parcerias com fintechs e soluções baseadas em IA estarão preparadas para liderar esse novo cenário.

O momento de agir é agora

O Brasil está diante de uma das maiores evoluções do setor financeiro em décadas. O Open Finance é mais do que uma nova regulação, é um modelo de negócios e relacionamento com o cliente.

Empresários e investidores que entenderem o impacto desse movimento poderão não apenas otimizar suas decisões financeiras, mas também acelerar resultados patrimoniais e empresariais com apoio de instituições que já operam de forma inteligente e conectada.

A pergunta que fica é: seu banco está preparado para o futuro?

Icon Fictor

Renda fixa: fundamentos, estratégias e visão de futuro

Neste conteúdo, vamos além da explicação: apresentamos a estrutura estratégica por trás de ativos que fortalecem setores vitais para o...

Como investir em debêntures: um guia completo para rentabilizar seu capital

Entenda o que são debêntures, quais os principais tipos disponíveis e como investir nesse ativo de forma segura e estratégica....

O novo posicionamento da Fictor: uma marca que transforma o que move o Brasil

A Fictor lança sua primeira campanha institucional e apresenta ao mercado um novo posicionamento que reforça sua atuação estratégica nos...